MONSENHOR DEOCLIDES BRITO DINIZ, CAICÓ, RIO GRANDE DO NORTE

segunda-feira, 18 de outubro de 2021

DEOCLIDES BRITO DINIZ

 


O monsenhor Deoclides Brito Diniz, natural de Caicó, estado do Rio Grandedo Norte, nascido no dia 11 de maio de 1922.  Em 1938, após concluir seus estudos básicos no Grupo Escolar Senador Guerra, ingressou no Seminário de São Pedro, em Natal. No Seminário Imaculada Conceição, de João Pessoa, concluiu seus estudos eclesiásticos. Sua ordenação sacerdotal ocorreu no dia 4 de dezembro de 1949, em solenidade litúrgica realizada na Catedral de Nossa Senhora Sant’Ana, de Caicó, oportunidade em que recebeu as ordens sacras do presbiterato das mãos de dom José Delgado de Medeiros, primeiro bispo do Seridó. Vigário de Serra Negra no período de 1954 a 1957, regeu posteriormente as paróquias de Cerro Cora (1957-1959) e Jucurutu (1959-1965). Nomeado vigário da histórica Matriz de Nossa Senhora da Guia, do Acari, ali exerceu suas atividades sacerdotais por vários anos. Em Acari, o padre ‘Deo’ exerceu um paroquiato digno de registro. Agraciado com o título de cônego, faleceu em Currais Novos, no dia 26 de março de 1997, aos 75 anos de idade. Seu corpo, foi transladado para o Acari, onde foi sepultado.

FONTE – CONSTRUINDO A HISTORIA

CÔNEGO DEOCLIDES DE BRITO DINIZ

 


VALÉRIO MESQUITA – ESCRITOR



Cônego Deoclides de Brito Diniz foi pároco de Jucurutu, Cerro Corá, Serra Negra do Norte e Acari. Bom garfo, quando jovem, muito obeso, exibia uma barriga semelhante a de uma mulher grávida. Era vigário de Cerro Corá nos tempos de Sérvulo Pereira. Ali, foi mordido por uma cascavel. Na cidade não havia hospital. O prefeito, num gesto humanitário, o internou na maternidade local e mandou colocar uma placa à porta do apartamento: “Aqui descansará o vigário da cidade”. Monsenhor Paulo Herôncio de Melo, pároco de Currais Novos, advertido por Sérvulo Pereira, avisou de imediato ao bispo de Caicó, com este telegrama lido na reunião do clero seridoense, que estranhava a ausência do colega: “Deoclides na maternidade, passando bem”.

02) Monsenhor Expedito Sobral de Medeiros era um santo homem. Alegre, brincava com todos. Também, bonachão, simples e amigo dos pobres de São Paulo do Potengi. Um paroquiano seu era conhecido como José Bufão por conta dos seus flatos incontroláveis. Não respeitava nem mesmo o templo sagrado ou a matriz da cidade. Ninguém queria ficar perto do aludido católico durante a missa. Todos reclamavam do seu odor. Certa feita, ele perguntou a Expedito se era pecado soltar os seus puns na igreja. O vigário, na sua proverbial compreensão de pai e pastor respondeu com esta frase memorável: “José, você pode soltar suas bufas, mas tome cuidado para não apagar as velas do altar...”.

03) Monsenhor João Penha Filho, nos seus primeiros anos de sacerdote, foi vigário paroquial de Currais Novos, curando Lagoa Nova e Cerro Corá. Desde a criação da diocese de Caicó, dom Marcolino sempre cedia um padre ao bispado seridoense carente de sacerdotes. Por lá passaram padre Expedito Medeiros, Mário Damasceno, José Biesinger, Estanislau Piechel, Alcides Pereira e João Penha. Este – imitando o gesto de monsenhor Emerson Negreiros – diante da carência do povo e na ausência de profissionais de saúde, receitava e dava remédios. Todos sabem que o padre Penha tem um problema de pronúncia, que torna sua fala sibilante e chiante. Num dia de feira, em Lagoa Nova, após os batizados e casamentos, começou seu atendimento médico. No seu consultório improvisado, entrou um matuto para a consulta. Após o exame e a anamnese, o vigário Penha lhe dá o diagnóstico: “O xenhor tá com xífilis e não pode se aproximar de sua mulher”. O camponês foi em casa buscar uma arma. O delegado local, o sargento Chacon foi chamado e perguntou ao camponês: “O que está se passando?”. O paciente espavorido: “O vigário disse que eu tava com chifre e não se aproximasse de minha mulher, que é muito séria”. O matuto queria matar a mulher e até o delegado, não entendia o que dizia o padre. Teve então a brilhante idéia de pedir para ele escrever o diagnóstico e o sacerdote rascunhou a palavra SÍFILIS para o alívio de todos.

04) Cônego Deoclides de Brito Diniz, era de um coração bondoso, homem simples, generoso, humilde, dedicado à Igreja, amigo dos pobres e bom conselheiro, no entanto não primava pela beleza física. Na campanha de Dix-Sept Rosado, era vigário de Jucurutu. O vice-prefeito era o velho João Medeiros, que apoiava doutor Abílio Medeiros (genro de José Bezerra do Serrote e concunhado de Stoessel de Brito), candidato a deputado estadual. Este, nos dias de feira ia consultar seus eleitores. A medicação (conforto ou consolo como chamavam os matutos) por sugestão do vice-prefeito (com experiência de outras campanhas) era a seguinte: a) para homens: sempre Biotônico Fontoura; b) para as mulheres: regulador uterino Xavier 1 ou 2 (excesso e escassez), respectivamente para donzelas e mulheres casadas. Após ouvir as queixas dos pacientes, o médico Abílio entregava a receita, após a tradicional pergunta: “casada ou solteira”. Deparou-se diante de um caso singular. Veio pedir consolo ou conforto uma viúva, jovem, bonita e carente. Abílio não havia previsto tal situação. O velho João Medeiros sugeriu então que a encaminhasse para o padre Deoclides dar-lhes alguns conselhos. Disse, então, o médico à paciente viúva: “Senhora, vá procurar o padre Deoclides, que ele lhe dará o consolo adequado”. A pobre viúva respondeu incontinenti: “Diante de tanta feiúra, doutor, prefiro morrer tuberculosa ou desfalecida”.

Mesquita.valerio@gmail.com

CENTRO PASTORAL CÔNEGO DEOCLIDES DE BRITO DINIZ


 ACARI, RIO GRANDE DO NORTE, INAUGURADO EM 25 DE DEZEMBRO DE 2018

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